quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Culpa é da Gráfica!?

Os números do Enem mostram sua importância e sua dimensão, temos aproximadamente 4,6 milhões de pessoas envolvidas e um gasto aproximado de 60 milhões por parte dos cofres públicos. Para muitos ele é a porta de entrada para o Ensino Superior.
No ano passado tivemos o vazamento da prova antes de sua aplicação, neste ano, a impressão foi feita de forma errada . . . culpa da Gráfica. Mas, e a questão errada sobre a abertura dos portos? Foi a gráfica quem elaborou?
Agora me digam, alguem do MEC ou do INEP já foi demitido, advertido, ou punido pelos erros? Um erro da mesma proporcionalidade numa Organização Privada, com certeza custaria o Emprego de alguém (ou de vários) e isto, não é caça as bruxas! Numa sociedade competitiva, só podemos dar espaço aos competentes.
Como pode o Presidente afirmar que o Enem é um sucesso, diante da falha em dois anos seguidos?
O Enem tambem demonstra “a quantas anda” nosso ensino, avaliando nossos alunos e nossas escolas. Por exemplo, entre as 10 primeiras do ranking apenas 1 é escola publica e entre as 50 piores nenhuma é privada. Será que isso demonstra o “cacareco” de nosso ensino público?
O pior é que lendo o texto novamente, antes de finalizar, vejo que só trago perguntas, mas nenhum resposta. Será que alguém que fez o Enem pode me responder?

2 comentários:

Agostinho Hupalo disse...

Cristiano, já conversamos antes sobre a qualidade da escola pública e compartilhamos das mesmas idéias. Mas, você não acha que está exagerando? Afinal, nosso presidente afirmou que o ENEM foi um sucesso. Mas não foi só ele quem disse, o ministro da Educação e o diretor (ou presidente?) do INEP também. Parece que não houve nenhum problema. E se não houve problema, não há que se falar em punições.
E as escolas públicas: nunca na história desse país as crianças e jovens tiveram um índice de aprovação tão alto. Tudo bem que a aprovação é automática, mas o índice é alto. Deve ter havido algum engano nessa lista das melhores e piores.
Acho que estamos exagerando ou sendo críticos demais. Ou não?

O simples fato de termos sistemas de quotas nas universidades já é um reconhecimento da fraqueza do ensino público. Outro sintoma é a imensa dificuldade de alunos advindos de ensino médio em escola pública (nem todos) de interpretar textos ou fazer uma conexão lógica de pensamento, ou ainda discorrer sobre conhecimentos gerais ou outro idioma. Lamentável...
As poucas escolas públicas que conseguem sobressair-se é porque contam com a preciosa colaboração de professores-heróis e também de ajuda privada (empresários e os pais dos alunos). Aquelas que tem como provedor exclusivo o poder público, padecem e fazem nossa sociedade padecer...

(Melhor parar por aqui...)

- Mããããe! to indo pra escola! to quase atrasado pra merenda!

Cristiano Siben disse...

Fala Agostinho. Você é sócio deste blog. Com seus comentários inteligentes e irreverentes, viajo no tempo e lembro de nossos debates. Faz falta. Obrigado como sempre, e não exagere na merenda, como fiz no texto.

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