sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CPMF

Mal terminaram as eleições e com todo respeito, a palhaçada começou de novo, porém, desta vez com uma pitada de nostalgia, no mais puro mau gosto possível.
A presidente eleita Dilma, cogita o retorno da CPMF, se colocando totalmente a favor e convocando os governadores para uma reunião.
Agora, com a eleição ganha, sem os marqueteiros para escrever discursos e ditar o comportamento, voltamos a perceber o que realmente nossos candidatos pensam, começamos novamente a enxergar a verdadeira face de nossos políticos, algo bem distante e totalmente contrario aos sorrisos e apertos de mão que estávamos acostumados a ver durante o período eleitoral. Novidade nenhuma, não fosse nossa eterna inocência tupiniquim.
Assim, pergunto:
1º) Porque durante o período eleitoral a Presidente Dilma não falou sobre a CPMF?
2º) A CPMF existiu por tanto tempo e nosso Sistema de Saúde permanece precário, ou seja, sua arrecadação não resolveu o problema, só pagamos mais impostos, para como sempre, não termos resultado nenhum, seria agora que a solução cairia do céu com mais dinheiro do contribuinte?
3º) A COFINS já é um imposto para este fim, porque temos que ter mais um?
4º) A CPMF, de certo ponto de vista, não seria um imposto inconstitucional já que bi-tributa as operações financeiras?
5º ) Porque num pais onde a arrecadação de Impostos bate recordes a cada ano e esta representa mais que 35% do PIB é necessário a “criação/retorno” de mais um imposto?
Somente num pais que não respeita seus cidadãos temos uma situação assim, nossa “corja” de políticos deveria se envergonhar em sequer pensar neste imposto.
O Presidente Lula permanece magoado com a derrota de 2007 e o fim da CPMF, agora com a nova eleição ganha e a maioria do Senado ao seu lado, ele quer ressuscitar o fantasma da CPMF.
Para os que lembram do “slogan” da campanha presidencial, realmente, o Brasil continua Mudando, pra pior . . .

4 comentários:

Mazzoni disse...

Olá Cristiano;

Então, nem esperamos muito para ouvir falar do retorno da CPMF. E nem me assusto.
Na verdade, este absurdo chamado CPMF, só não é inconstitucional porque é contribuição e não imposto. Tem diferença?
Reforma tributária, reforma política, reforma previdenciária e outros assuntos importantes não ouvimos falar, mas de achar meios de aumentar a arrecadação, eles são especialistas e sempre acham uma saída.
Abraço

Cristiano Siben disse...

Ola Michel, realmente havia me esquecido do detalhe de ser uma contribuição, não um imposto, porém a diferenciação fica somente na semântica da palavra. Para eles, como bem escrito por você, a especialidade é a arrecadação. Abraços

Agostinho Hupalo disse...

Oi, Cristiano.
Já mencionei isso em outros comentários, mas cabe aqui também: o maior problema, apesar de parecer, não é o tamanho da carga tributária, mas o destino que é dado aos valores arrecadados.
A tal "Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira" chegou a arrecadar quase 40bi em um ano, o que equivale a cerca de 6% do total da receita em impostos federais. Pense bem: o que dá pra fazer com 40bi. Não muito, considerando nossas mazelas, mas, com certeza, dá pra fazer muito mais do que o que foi feito.

Cristiano Siben disse...

Grande Agostinho, realmente encontrar o destino do dinheiro publico no Brasil não é tarefa facil. So neste ano o governo ja arrecadou mais de 1 trilhão de reais e ate o momento, pouco foi feito pela população. Abraços e obrigado pela participação.

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